Tratamento
O tratamento
Premissas básicas
- O sucesso depende, entre outros fatores, da correta indicação do método;
- Geralmente não é realizada com finalidade estética;
- O paciente e a família devem estar cientes dos riscos da obesidade, bem como dos riscos do tratamento;
- Requer o acompanhamento de uma equipe multiprofissional (cirurgião, clínico, nutricionista, psicólogo e/ou psiquiatra, endocrinologista, educador físico e outros se necessário).
Escolha do Tratamento
A forma de tratar a obesidade irá depender de vários fatores, entre os quais os mais importantes são:
- perfil alimentar do paciente;
- grau de obesidade;
- doenças associadas;
- perfil psicológico;
Após o paciente discutir detalhadamente as alternativas com seu médico, com a família e com a equipe, se fará a escolha do procedimento mais adequado ao paciente.
Métodos Não Cirúrgicos
Tratamento Clínico:
Baseia-se no uso de medicamentos, atividade física, apoio psicológico, reeducação alimentar com nutricionista e atividade física. Os melhores resultados nessa modalidade de tratamento são obtidos quando o grau de obesidade é leve. Sempre deve ser tentado antes do tratamento cirúrgico.
Balão Intra-Gástrico
Este não é um método cirúrgico e se baseia na introdução endoscópica de um balão de silicone por via oral e depois este é insuflado (preenchido) com soro fisiológico, ocupando um certo espaço dentro do estômago. Isto irá induzir a sensação de saciedade. No máximo em 6 meses deverá ser retirado. Portanto, é um método temporário que facilita a reeducação alimentar.
Quando indicar o uso do balão?
É indicado principalmente em obesos leves ou pacientes superobesos como preparação para a cirurgia. Também é usado em pacientes com indicação de cirurgia, mas que apresentam um risco cirúrgico elevado.
Veja como o balão fica posicionado dentro do estômago
Métodos Cirúrgicos
Quando está indicado?
– pacientes com IMC acima de 40
– pacientes com IMC entre 35 e 40 com doenças associadas como hipertensão, diabetes, problemas circulatórios, artropatias sérias, etc.
– falha do tratamento clínico bem-orientado
– idade entre 18 e 60 anos (já está ocorrendo ampliação dos limites de idade);- ausência de patologia endócrina.
Banda Gástrica
– É um método puramente restritivo, ou seja, restringe a capacidade do estômago pelo envolvimento do mesmo com uma banda. Cria-se assim, dois compartimentos: o superior (pequeno) que se comunica com o inferior (grande) por uma pequena passagem. É uma espécie de funil.
– É um método cirúrgico geralmente de baixo risco.
– Deve ser usada em casos muito bem selecionados, caso contrário os resultados podem não corresponder às necessidades do paciente.
Bypass Gastrojejunal
Existem várias variantes – Cirurgia de Capella, Higa, Wittgrove, etc. Todas têm o mesmo princípio: reduzir drasticamente o tamanho do estômago e fazer com que a passagem do alimento da pequena bolsa gástrica para a alça intestinal seja intencionalmente dificultada, obrigando o paciente a comer pouco e mastigar muito bem os alimentos.
É a chamada cirurgia de Redução do estômago.
– Método Restritivo predominantemente;
– Cirurgia mais utilizada atualmente;
– Permite uma perda acentuada e sustentada de peso: cerca de 70% do excesso de peso em 2 anos;
– Emagrece porque obrigatoriamente come menos .
Cirurgia Disabsortiva (Scopinaro, Domene, Duodenal Switch)
Nestes tipos de cirurgias que têm o mesmo princípio, a redução do estômago não é acentuada. O que faz emagrecer é a ligação do estômago com a parte final do intestino, através de uma alça intestinal longa. A parte “útil” do intestino varia de 50 a 100 cm, dependendo da técnica. Ou seja, o alimento somente poderá ser absorvido neste curto segmento intestinal. Assim, não há tempo de todo alimento ser absorvido, levando à disabsorção e emagrecimento.
Esta cirurgia apresenta como vantagem uma maior facilidade de se alimentar.
É indicada principalmente para super-obesos ou pacientes que queiram comer volumes maiores, principalmente de carne vermelha.
Gastrectomia Vertical (Sleeve)